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Uvas reinam na montanha

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À sombra do Morro Canastra, nas proximidades da divisa com São Vendelino, não há grande romantismo no nome da localidade, mas, Canto Canela é um dos paraísos do vale do Caí quando o assunto é produção rural.

Iniciou na última semana a fase de colheita de uvas exuberantes, não apenas em sua beleza como no sabor. Sejam brancas, rosadas ou até com formatos inusitados (inclusive lembrando bananas), as uvas da propriedade da família Freiberger Andrioli são soberanas. Cachos com cerca de um quilo pendem do parreiral coberto e com tecnologia que conta com o aval da Embrapa.

Os irmãos Jair Fernando e Henrique Freiberger mostram muito conhecimento de causa quando falam das uvas que colhem ao lado dos visitantes. E são muitos os que vão até a localidade do interior de Alto Feliz. Para quem passa o centro da cidade, os parreirais ficam seis quilômetros distantes em uma contorcida estrada de chão. Com plaquinhas que indicam a direção a ser seguida, passando pelo Arroio Jaguar e indo ao Canto Canela, os visitantes se encantam automaticamente ao se depararem com as uvas.

Algo que prova que os visitantes se encantam foi a visita feita pela família Gasparin. Pequenos produtores de uva e vinho, em Salvador do Sul, Valdemira e Achiles (Ico) Gasparin, estiveram na propriedade dos Freiberger na sexta, dia 21 de fevereiro. “É impressionante a tecnologia usada. As uvas são muito bonitas e doces. Sabemos que dá muito trabalho, mas com um resultado desses a gente entende bem o sorriso de quem planta e colhe”, contou Ico Gasparin ao voltar para casa.

As uvas que no ano passado chegaram até ao presidente Jair Bolsonaro, levadas a ele pelo deputado Mauro Pereira, foram destaque, até, na grande mídia nacional. Com ou sem presidente como garoto propaganda, as uvas falam por si só.

As uvas paqueram seus observadores e vice-versa. E neste flerte entre uvas e pessoas o amor se confirma, pois todos voltam para casa com suas caixas repletas de Rubis, Benitakas, Itálias e Bananinhas, ditando as melodias românticas com aromas e sabor sem igual.

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Mestre em carnes é celebrado em Bom Princípio

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Rodrigo Hermann, de simplicidade ímpar, foi celebrado na manhã de sábado tal um campeão mundial. E, de fato, o é. Integrante da seleção brasileira de açougueiros, regressou da França e foi aplaudido e ovacionado por tantos e tantos que o conhecem desde muito jovem.
Aquele que um dia começou a vida profissional atuando de maneira modesta hoje é um dos melhores profissionais em cortes de carne do mundo. Ao lado da esposa e do filho, ao qual tem um amor sem igual, Rodrigo foi saudado em frente ao Super Ledur, seu local de trabalho, tendo, inclusive, sendo conduzido no caminhão de Bombeiros.
Em Paris, em companhia dos demais integrantes da seleção brasileira, recebeu a notícia de que o melhor corte de carne bovina da competição era da equipe do Brasil. Uma comemoração proporcional à conquista. Ao lado de um dos diretores do Super Ledur, que é casa de Rodrigo há muitos anos, comemorou e esperava voltar para casa.
“Estou muito feliz e honrado com essa homenagem. Essa conquista não é apenas minha, mas de todos que fazem parte da família Ledur e da nossa comunidade. Obrigado pelo apoio constante!”, afirmou Rodrigo, lembrando que foi a primeira vez na história que o Brasil obteve premiação na Copa do Mundo de Açougueiros.
Recebido por tantos que o viram crescer profissionalmente, Rodrigo fez questão de postar imagem, no açougue, junto com a sua equipe do dia a dia. Assim como com os diretores da empresa na qual trabalha, afinal, a família Ledur também é um pouco sua. Revela-se assim um gigante em humildade e profissionalismo.

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Alex Steffen

Salvador do Sul dá adeus à sua primeira vereadora

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A vida pública também tem os seus ícones, aqueles que, mesmo em silêncio, escrevem a sua história. E assim o fez Sidonia Maria Poersch da Rosa. E de maneira discreta também deu o seu último suspiro ao cair da tarde desta quarta, dia 29 de janeiro de 2025.

A mulher que veio do interior para a cidade muito jovem, buscou nos concursos públicos o seu espaço, não tendo vergonha de dizer que assumiu o seu primeiro cargo público como faxineira. Poderia ser retrato de submissão. Poderia, mas não para Sidonia, que tinha já na década de 1980, em seu olhar, o significado da expressão que foi popularizada muitas décadas depois. Era, sim, Sidonia, a face do empoderamento feminino. Muitos poderiam se perguntar: “mas onde já se viu uma mulher que foi faxineira querer ser vereadora?”. Pois bem, não só quis, como conseguiu. Orgulhava-se em dizer que foi a primeira mulher a ser eleita em Salvador do Sul. Esteve no legislativo entre 1983 e 1988, isso é, por seis anos completos, erguendo bandeiras. Abriu caminho para outras mulheres como vereadoras e também prefeita. Em 2013, nos 50 anos de Salvador do Sul, deu entrevista e vibrava com o título da reportagem: “Um batom no Legislativo”. Era grata pelo reconhecimento obtido.

Ia às escolas palestrar, não sobre política, mas sobre possibilidades e lutas. Fez supletivo para terminar o Ensino Médio, antes não tivera oportunidade. Foi fazer vestibular para a área de Direito. E, claro, passou. Cursou faculdade e trouxe para casa, em Salvador do Sul, o seu diploma. Havia vencido mais uma batalha.

Casada com o professor Luiz Mello da Rosa, fez de tudo para oportunizar à filha Bruna, o que ela mesmo não tivera. Valorizava o estudo, a cultura, o conhecimento amplo…

No último final de semana apresentou um problema súbito de saúde e foi levada ao hospital. Transferida para Caxias do Sul e não mais viu a sua Salvador do Sul.

Aos 78 anos partiu à morada eterna e nesta quinta terá o povo a oportunidade de dizer, obrigado e até breve, àquela que foi pioneira em terras salvadorenses.

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Extrato de Edital – Processo Seletivo 003 2025 – Tupandi

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