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Prefeitura revela valores para compra do Santo Inácio

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Integrantes do Conselho Municipal de Desenvolvimento de Salvador do Sul (Comudes), vereadores e dirigentes de entidades diversas locais acompanharam, no início da noite dessa quinta-feira, a apresentação do projeto de aquisição do Colégio Santo Inácio pelo Município. Dados técnicos e números da iniciativa, que também envolve a aquisição de uma área de terras para o novo distrito industrial, foram expostos pela prefeita Carla Maria Specht (PPS), que ainda respondeu a questionamentos do público. Com aprovação da ampla maioria dos presentes, o projeto foi encaminhado à Câmara de Vereadores, que realizará sessão extraordinária nesta sexta-feira, dia 7, às 19h, para apreciação.

O valor do investimento previsto é de R$ 7,05 milhões em recursos próprios da prefeitura (sujeito a correção pelo INPC), estando nesse valor incluída a soma de R$ 1,18 milhão em realização de serviços, com a abertura de uma nova rua. No próximo ano, conforme a negociação firmada com a entidade mantenedora do Santo Inácio, Associação Antônio Vieira, deverão ser pagos R$ 596 mil. O saldo restante – R$ 5,2 milhões – deverá ser quitado em parcelas mensais de R$ 40 mil, a partir de 2016, no prazo de 12 anos.

Caso a negociação seja aprovada pelos vereadores e concretizada, o Município terá posse do amplo prédio do Colégio Santo Inácio, que hoje abriga a Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Inácio de Loyola. Esta área de terras tem uma superfície de 21,7 mil metros quadrados. Também o Município terá direito a uma área de terras, sem benfeitorias, com superfície de 8,4 hectares para a implantação do novo distrito industrial, para possibilitar a implantação de investimentos, visando à geração de renda e empregos e, consequentemente, o aumento da arrecadação municipal. Ainda entrou na negociação uma área de terras, sem benfeitorias, com área superficial de 740,25 metros quadrados, para a ampliação de área social para habitação. Este imóvel fica junto ao Loteamento Popular (Bairro Esperança), podendo ser utilizado para habitação ou para implantação de área de lazer para a comunidade.

Os imóveis passaram por rigorosa avaliação e, conforme a prefeita Carla Specht, o investimento está dentro das possibilidades financeiras do Município. “Em apenas seis anos, conseguimos pagar cerca de R$ 8 milhões em dívidas, incluindo a recuperação do Fundo de Aposentadoria dos Servidores. Temos totais condições, portanto, de quitar R$ 5,2 milhões em 12 anos, isso sem contar o retorno financeiro que as empresas que virão ao novo distrito deverão dar”, destaca. “Não se trata, apenas, de uma simples aquisição, mas também da preservação de um patrimônio de grande valor histórico para os salvadorenses e da oportunidade de atração de mais investimentos”, completa a prefeita.

Carla acrescentou ao público que a construção de um novo prédio escolar demandaria um investimento ainda mais significativo e de pagamento repentino, hoje fora da realidade financeira da prefeitura. “As condições ajustadas para o pagamento são bastante flexíveis. Não podemos correr o risco de ver o prédio ser vendido para a iniciativa privada e ficarmos sem a escola”, conclui. O estado do prédio atual é considerado bom, sendo necessárias apenas, com maior urgência, adaptações para melhor acessibilidade.

O projeto de aquisição do Santo Inácio teve apresentação, na manhã dessa quinta-feira, a representantes de veículos de comunicação da cidade, seguida de entrevista coletiva. Carla Specht também fará uma apresentação detalhada do projeto na Câmara durante a sessão extraordinária desta sexta.
Durante a coletiva de imprensa opiniões contrárias surgiram a tal ponto de questionarem o laudo técnico emitido, todavia, a prefeita Carla explanou sobre o assunto e defendeu a compra do Santo Inácio. O educandário, que foi construído com recursos dos Jesuítas, será vendido à municipalidade se os vereadores aprovarem o projeto. Em caso de recusa dos edis, será necessário rever a questão como um todo, pois hoje os alunos que estudam no Santo Inácio poderão ficar sem escola. Mas esse assunto não é cogitado pela prefeita que acredita na compreensão do projeto por parte dos vereadores.
A prefeita, inclusive, deu entrevista à rádio comunitária, na tarde de quinta, explanando sobre o assunto, e explicando as questões tidas como pendentes.

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