Qual é a melhor maneira de resgatar a história e a cultura?
A resposta é simples: promovendo festas. E São Vendelino aprendeu essa receita tem muitos anos. Foi batizada Kerbfest, aproximando a cultura do kerb das comunidades das mais diferentes origens étnicas. A realização em final de outubro tem relação com o Kerb católico e o dia da Reforma, dos luteranos. Aproximando as crenças de parte a parte, a comunidade se une.
Agora, ao chegar em sua 15ª edição, a festa do Pequeno Paraíso tem, por intuito, resgatar o que há de cultura de raiz. A começar pelo chopp, tipicamente alemão, produzido pela Urwald, a festa manterá a marca de edições anteriores e, buscará, através da proximidade com Sankt Wendel, resgatar outras questões. No evento de lançamento da festa, o povo foi conclamado a arrumar os seus trajes tipicamente alemães, tendo, ainda, algumas semanas para deixarem tudo de acordo. A ideia é fazer do município um pedacinho da Alemanha no Brasil, ainda que seja por apenas duas semanas.
O presidente da festa, e também prefeito Evandro Schneider, em seu discurso convocou a comunidade que, sempre, de maneira voluntária faz parte da organização da Kerbfest. Segundo ele, não será a comissão organizadora que irá fazer uma grande festividade, mas sim o povo. “Essa festa é do povo para o povo”, destacou ele em sua fala, saudando a comunidade em geral, desde o mais simples trabalhador ao empresariado. Saudou também e agradeceu a parceria da ex-prefeita Marlí Lourdes Oppermann Weissheimer que esteve no evento, reforçando a manutenção do que cultural.
Coube ao presidente da festa e a sua vice (que também é vice-prefeita) Margarete Gossenheimer conduzir as soberanas até o cenário principal. Vestidas de maneira única, remontando os tempos de imigração e a miscigenação cultural de São Vendelino, a rainha Francini Werle e pelas princesas Caroline Fischer Schaefer e Polliana Ledur brilharam. Em suas falas, sem requintes mas com graciosidade, ressaltaram a manutenção cultural, fazendo, posteriormente, brindes com a comissão organizadora.
Os trajes típicos criados por Cláudia Kerber, com todo o seu jeito são-vendelinense de ser, chamaram atenção pelas cores, os detalhes e o resgate à tradição. “Era no kerb que as mulheres ganhavam novos vestidos, assim mereciam esses trajes, também, ser muito bonitos”, citou ela, lembrando a funcionalidade de cada uma das peças da vestimenta.
A programação da Kerbfest ainda não foi anunciada, mas as datas sim. O evento acontecerá nos dias 20, 21 e 22; 27, 28 e 29 de outubro, bem no coração do Pequeno Paraíso. Quer mais? Eine Prosit para todos que apreciam o jeito simples de ser e de viver.