São Vendelino

Intervenção no quartel dos Bombeiros garante atendimento à comunidade

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Considerando fatos ocorridos na quarta-feira, com o anúncio feito pela corporação dos bombeiros de São Vendelino de que não haveria mais atendimento emergencial no município, anúncio feito, inclusive, através das mídias tradicionais e sociais, o prefeito Evandro Schneider tomou atitude necessária para a segurança da comunidade em si. Apresentou decreto que destitui a ação dos bombeiros efetivos, assim como do comando da entidade. Nomeou Paulo José Schaefer como interventor e este, que foi o primeiro presidente da entidade em 1996, reforçou o compromisso: “não deixaremos de atender à comunidade, pois somos, antes de mais nada voluntários”.

Diferente do que pode ser pensado, o atendimento será realizado pelos voluntários e as causas da saúde e segurança serão prioritárias. “Agradecemos aos bombeiros que voluntariamente se dispuseram a continuar, e sempre prestaram um serviço digno. Contamos também com os nossos voluntários que desde o começo da entidade são parceiros de São Vendelino”, destacou o prefeito.

O atendimento continuará a ser realizado e assim, a comunidade não ficará desassistida. Quanto às questões legais com a corporação, através do interventor, será dada uma solução ao fato, de modo que todos sejam atendidos de acordo com a lei.

Os profissionais da secretaria da saúde, voluntariamente, passam a atender a demanda local, afinal, há pessoas habilitadas para dirigir as ambulâncias, enquanto, outros são qualificados, também, para fazer o devido resgate.

No decorrer desta quinta e dias que seguem serão apresentados maiores detalhes sobre o atendimento.

O que antecedeu o decreto?

A Associação do Corpo de Bombeiros de São Vendelino, através de sua presidente, entregou ao final da manhã deste dia 14 de agosto, comunicado oficial ao prefeito Evandro Schneider que a partir daquele momento não mais atenderia as demandas locais e nas ERS 122 e 446. A alegação da corporação, assinada por Morgana Colassiol, presidente em exercício, indicava impossibilidade financeira de manter os serviços, já que os servidores da corporação não tinham como trabalhar sem receber seus vencimentos salariais. O motivo principal alegado, também em entrevista na rádio Estação, tem relação com o não pagamento da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), de convênio que havia no ano passado.

Assim que notificado o prefeito Evandro Schneider tratou de mobilizar os profissionais do setor público que tem habilitação para dirigir os caminhões, assim como pessoas da comunidade que já atuaram como bombeiros voluntários, na mesma corporação, tendo os cursos e certificação como bombeiros. “Ainda que seja de maneira emergencial, não deixamos de atender a comunidade. Agradecemos a quem atuou na corporação até o momento e, na medida do possível, vamos buscar por soluções definitivas, dentre elas renovar o contato e o convênio com a EGR”, apontou o prefeito.

Schneider lembra que foi repassado à associação dos bombeiros voluntários o valor de R$ 60 mil mais um complemento de R$ 30 mil. Esta não é a primeira vez que há impasses na gestão dos bombeiros de São Vendelino, mas, a municipalidade, ainda que de maneira emergencial pode contar com os moradores, que sabem bem o significado da palavra: voluntariado.

“Contamos com o apoio da nossa comunidade e o bom senso da EGR, pois os bombeiros são uma entidade local, que foi constituída por moradores comprometidos com São Vendelino, e assim deverá ser”, citou Evandro Schneider.

Pagamentos em pendência

De acordo com a associação o principal motivo para a interrupção do atendimento é a falta de pagamento aos seus servidores. A pendência é da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que tinha um convênio já por cinco anos e que chegou ao seu prazo máximo legal. Espera-se que seja feito novo convênio com a EGR, mas antes disso, o município, pela responsabilidade que tem e a sua ligação com a história dos bombeiros voluntários, assume o compromisso do pagamento dependendo, para tal, da aprovação do legislativo.

“Nós, como vereadores, buscaremos ajudar o município em uma solução para o caso. Vemos, agora, que nada mudou nos serviços, e o atendimento será feito”, pontuou a presidente da câmara de vereadores, Martina Seibert, que participou do ato, junto com outros vereadores.

Atendimento ininterrupto

O interventor da associação irá fazer o levantamento detalhado do patrimônio que há na corporação, que é de pertencimento público. O prazo para tal é de 180 dias, sendo prioritário, desde a manhã de quinta, dia 15, a manutenção do atendimento que em momento algum foi interrompido.

“Vamos fazer a análise de tudo o que temos e solucionar as questões pendentes para dar condições para que a associação tenha seu compromisso voluntário renovado”, afirmou Schaefer, que é o interventor, lembrando que também as rodovias ERS 122 e 446, continuarão sendo atendidas pois a responsabilidade sobre as vidas é maior do que os interesses financeiros e pessoais.

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