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Doutor Paulo Caye é homenageado pela Amvarc e pelo Codevarc

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Anualmente a Associação dos Municípios do Vale do Caí (Amvarc) e o Conselho de Desenvolvimento do Vale do Rio Caí (Codevarc) fazem eventos de final de ano e neste rendem homenagem a personagens que marcaram a história com o seu trabalho.

Segundo Alzir Bach, presidente do Codevarc, a opção é render homenagem às pessoas ainda em vida, para que possam ser reconhecidas por seus atos. “Uma homenagem em vida é muito mais digna e justa de modo que há grandes personagens responsáveis pelo progresso da região e que ainda estão entre nós”, destacou Bach. Em anos anteriores foram homenageados Arno Eugênio Carrard (pai das emancipações municipais) e Valério Calliari (ex-prefeito de Salvador do Sul e de Barão, que foi o primeiro presidente da Amvarc).

Na reunião de final de ano da entidade, em 2020, seria prestada homenagem a Liceu Paulo Caye, mas por conta do distanciamento social, o médico e político de Feliz, optou por não participar do ato. A homenagem, ainda assim, foi realizada, de modo que Alzir e o prefeito de Feliz, Albano Kunrath, fossem à casa de Caye fazer a entrega da placa que o saúda como ícone regional.

Doutor Paulo, como é mais conhecido, foi três vezes prefeito de Feliz, de modo que no primeiro dos mandatos tenha sido também prefeito em Alto Feliz, Linha Nova e Vale Real, ainda não emancipados na época.

QUEM É DOUTOR PAULO?

Mudar os rumos da vida, de mala e cuia, parecia destino para o garoto Liceu Paulo Caye. Afinal, com três meses de vida apenas, foi no colo dos pais para Lajeado, deixando no passado a cidade de Santa Cruz do Sul, sua terra natal.
Quando crescia em sabedoria decidiu mudar-se para Porto Alegre em busca de sua formação profissional. Queria mesmo era ser médico e foi estudar na Universidade de Federal do Rio Grande do Sul, sendo um dos alunos de melhor nota entre todos os seus colegas. Poderia ter ido trabalhar nos Estados Unidos, tal era o seu destaque entre a turma, todavia o seu desejo era voltar para Lajeado para exercer ali a sua profissão. Mas quis o destino que uma nova mudança de endereço ocorresse, desta vez definitiva.
Ia-se o ano de 1968 e o jovem médico era convidado para vir à cidade de Feliz, para substituir Théo Tássilo Schlatter em suas férias que iriam durar 60 dias. Era garoto de vinte e poucos anos mas sabia muito bem o que queria da vida.
Em primeiro momento, assustou-se ao ver que na cidade de Feliz. Água potável não havia, a energia elétrica era insuficiente e a telefonia ultrapassada. A realidade do jovem que estudara em Porto Alegre era bem diferente agora, pois Feliz não tinha nem ao menos acesso asfáltico. O que seriam apenas dois meses de trabalho se tornou dois anos, duas décadas, enfim, uma vida. Foi na cidade de Feliz que casou com Magdalena Müller e teve seus filhos, Carlos e Luiza. Foi também neste recanto interiorano que ajudou a por no mundo milhares de crianças, não se importando se as pessoas tivessem dinheiro ou não para os atendimentos necessários. Antes de mais nada, Doutor Paulo era humano, e assim foi aceito na cidade de Feliz como se dela fosse filho nato.
Os anos se passaram e, em 1982, formou, com Clóvis Assmann, a chapa vitoriosa no pleito eleitoral assumindo um novo desafio em sua vida: ser prefeito de uma cidade com pouca infraestrutura básica. Acumulando as tarefas de médico com as de prefeito, o desafio foi vencido com muito trabalho. Seu dia parecia ter mais do que 24 horas, tanto que alguns se perguntavam, “mas quando é que este homem descansa?”. Empresas foram atraídas para a cidade e para o interior, luz, água e telefonia não eram mais um sonho, mas sim uma realidade. Durante seis anos geriu o município com a sabedoria que lhe foi concedida por Deus e aprimorada durante a vida.
Em 1992 voltou a concorrer e vencer, sendo eleito prefeito pela segunda vez. Desta vez tendo por vice-prefeito Pedro Martini Neto. Naquele mandato de quatro anos, primou por obras nos setores de saúde e educação, para abranger as mais diversas comunidades. Foi neste período em que Feliz não era mais tão grande – Vale Real, Alto Feliz e Linha Nova haviam se emancipado – que cresceu muito a autoestima do povo e as empresas locais pareciam cada vez mais pujantes.
Em 2001, na entrada do novo milênio, lá estava o mesmo Doutor Paulo, não mais com o vigor do primeiro mandato, mas ainda eficaz. Apesar de ainda dividir o seu tempo entre prefeitura e hospital (que estava em situação muito precária). Traçou prioridades para o seu mandato, já que Feliz estava mergulhada em séria crise econômica após o fechamento das gigantes Parmalat e Antárctica, alguns anos antes.  Com muita labuta e ajuda de sua equipe de trabalho, no qual o vice-prefeito era Darcísio Inácio Braun, conseguiu dar dinamismo à administração, procurando pagar as muitas dívidas pendentes ao longo das décadas. Terminou o seu mandato com a aquisição e a equipagem do prédio do Hospital Schlatter, como também com a implantação da Hidrojet, que hoje é uma das mais importantes indústrias da região.
Ainda na vida pública, Liceu Paulo Caye foi presidente do Corede Vale do Caí e da Amvarc, tendo tomado a frente de vários empreendimentos de grande importância no desenvolvimento regional e até mesmo estadual. Ponderado e de poucas palavras – porém precisas – o Doutor Paulo tem um grande número de amigos e seguidores e é reconhecido por tudo o que fez por uma cidade.
Caye, viúvo de Magdalena, hoje é casado com Susana Ludwig,  com a qual tem a filha Amanda. Vive na cidade de Feliz e continua o seu ofício de médico, tendo no coração uma certeza: É nascido em Santa Cruz do Sul (em 17 de maio de 1942 sendo filho de Carlos Armindo e Olmira Ludwina Caye), criado em Lajeado, formado em Porto Alegre, mas tem na Feliz a sua terra, o seu cantinho, o seu lar, sendo cidadão honorário do município.
A homenagem feita ao médico e político é, por certo, muito justa, afinal, o seu trabalho não foi apenas em favor de Feliz, mas da região como um todo, tendo estreitos laços com os governadores do Estado, com os quais atraiu investimentos para o vale do Caí, dentre os quais as ligações asfálticas que fazem da região uma das mais desenvolvidas do território nacional.

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Feliz

Plastiweber recupera mais de 6 milhões de embalagens plásticas

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A Plastiweber, empresa de soluções sustentáveis em plástico do Rio Grande do Sul, recuperou, por meio de programas socioambientais, mais de seis milhões de embalagens plásticas em 2023. Os projetos fazem parte do Naturecycle, iniciativa que atua para que o plástico retorne à cadeia produtiva e seja reinserido em novas embalagens, ao mesmo tempo em que mobiliza pessoas, marcas e entidades a perceberem o valor do material, evitando a destinação incorreta. Os recursos obtidos com os resíduos coletados por meio dos programas são revertidos para melhorias nas próprias escolas, cooperativas e instituições e, no total, foram distribuídos R$ 138.831,72. Em 2023, 17 mil estudantes foram impactados pelos projetos.

No mês de março, a Plastiweber promoveu uma cerimônia para prestigiar os participantes dos programas socioambientais do Naturecycle.

– Ficamos muito felizes em celebrar a participação de todos os parceiros dos programas socioambientais da Plastiweber. Ao longo dos anos, temos trabalhado para que esses projetos se tornem cada vez maiores, como uma maneira de levar conscientização ambiental para a população do Rio Grande do Sul e, ao mesmo tempo, contribuir com instituições que prestam serviço à sociedade. Nosso objetivo é expandir esse trabalho cada vez mais – destaca o CEO e líder de Economia Circular da Plastiweber, Moisés Weber.

A responsável pelo Meio Ambiente da Girando Sol, Patricia Aguiar, comenta sobre a importância dos projetos. A empresa é uma das parceiras da iniciativa Naturecycle:

– Quando cada um faz a sua parte e ajuda um pouco, a gente consegue fazer a diferença. Assim, conseguimos ver, na prática, o quanto é importante essa disseminação, a consciência de transformar esses resíduos plásticos em investimento.

Por meio do ‘Escola Sustentável’, a empresa destina recursos para a educação, com o objetivo de fomentar melhorias nas instituições participantes e auxiliar na compra dos materiais necessários. Com o projeto, em 2023, a Plastiweber resgatou 1,3 milhão de embalagens plásticas do meio ambiente. Ao todo, 69 escolas se mobilizaram, incentivando a conscientização ambiental para crianças e jovens em 15 municípios.

Também parte do Naturecycle, o projeto ‘Resíduos pela Vida’ estimula moradores a destinarem seus resíduos em pontos de coleta espalhados por diferentes municípios, para que os recursos sejam revertidos para diferentes entidades. Por meio do programa, foram recuperadas 83 mil embalagens plásticas.

Já o ‘Cooperativa + Circular’ capacita cooperativas para que se tornem negócios sustentáveis e gera créditos de reciclagem a essas entidades, com o objetivo de contribuir no desenvolvimento estrutural delas. Com essa iniciativa, a Plastiweber recuperou 5 milhões de embalagens plásticas.

No fim do ano passado, a empresa promoveu também o Natal Mais Feliz, ação realizada anualmente, que visa à educação e conscientização ambiental da população da região desde a infância a partir de atividades natalinas. No evento, foram recuperadas mil embalagens plásticas.

A representante da Madesa, Bruna Scheid, comenta sobre os efeitos positivos de fazer parte da linha Naturecycle:

– Poder cuidar do meio ambiente através dessa iniciativa, impactar positivamente outras causas e contribuir com as comunidades onde estamos inseridos é um prazer muito grande. É muito bacana ver, na prática, o resultado de todo esse trabalho. Ver tantas escolas, tantas instituições recebendo esses valores que partem da conscientização é muito gratificante.

O Naturecycle é uma iniciativa acionada por parceiros como Ambev, Orquídea Alimentos, Madesa, Girando Sol, Santa Clara, Cia Canoinhas, Adimax, ADB Alimentos e Alternativa.

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Feliz

História da Comunidade Evangélica agora é livro

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Não foram uma ou duas páginas reviradas para que pudesse ser desvendedada a história da comunidade evangélica de Feliz, foram milhares. Incontáveis livros e horas dedicadas à pesquisa até que, com alegria pudesse ser noticiado que a Comunidade Evangélica e sua história se tornasse livro.


A imigração alemã, o município da Feliz e a história da Comunidade Evangélica estão mesclados na pesquisa histórica e documental a ser apresentada neste mês pelo pesquisador e presidente da Comunidade Evangélica, Igor Germano Seibert. Nos dias 13 e 16, ocorrerá o lançamento do livro “Uma Comunidade Feliz: história da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Feliz, RS”, com organização de Nélio Jair Schmidt, do GenealogiaRS.
Na quarta-feira, às 19h, a primeira sessão de autógrafos terá coquetel no salão da OASE da Feliz. No sábado, às 9h30, o encontro será na Cervejaria Antiga de Linha Nova. “Na obra, apresentamos um breve contexto histórico da colonização da Picada Feliz em 1846, trazendo a presença de católicos e luteranos, além de nomes que marcaram épocas e famílias que trabalharam para a prosperidade da comunidade e da cidade”, descreve Seibert.

Com 144 páginas, a obra marca o início das comemorações dos 150 anos da construção do templo, a ser comemorado em 2024. Aspectos da cidade e da região, bem como do cotidiano e as realizações da IECLB local foram organizados para o leitor entender os desafios e comemorar junto as conquistas, que incluem a ponte de ferro, a construção do templo, a criação do Coral, da Casa Pastoral, do cemitério e das escolas, bem como a OASE e o Centro Evangélico. No decorrer das páginas, há também o registro dos pastores, do Sínodo Riograndense, das diretorias e uma mensagem do pastor Jeferson Rusch.

Igor, ainda muito menino, era diferenciado e primava pelo intelecto, e assim, lendo, escrevendo, aprendendo, adquiriu conhecimento o bastante para ensinar, mas humilde que é segue um aprendiz da vida, mesmo que mestre pudesse ser.

O convite é aberto a toda comunidade. O livro estará sendo vendido a preço de custo por R$25,00. Mais informações pelo telefone 51 99648-7176.

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Parceria entre Plastiweber e Orquídea rende premiação

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A Plastiweber, empresa de soluções sustentáveis em plástico do Rio Grande do Sul, conquistou, na 17ª edição da premiação Grandes Cases de Embalagem, o prêmio pelo projeto Naturecycle, que visa à educação ambiental e ao desenvolvimento da circularidade dos plásticos, e engloba as embalagens dos filmes de enfardamento produzidos com conteúdo reciclado utilizados pela Orquídea Alimentos.

Atualmente, um filme com 100% de conteúdo reciclado embala os pacotes de farinha da marca e, em breve, um outro filme, com 60% de conteúdo reciclado, será usado para enfardar a linha de massas. Desde o início da parceria, a Orquídea consumiu 1000 toneladas – o equivalente a um milhão de quilos – de material reciclado a partir de resíduos pós consumo.

O CEO da Plastiweber, Moisés Weber, celebrou a conquista de mais um prêmio:

Desenvolvemos uma embalagem secundária com 100% de PCR, o que é uma excelente alternativa para empresas do setor alimentício que buscam atingir suas metas ESG. O prêmio consagra o caminho que traçamos para chegar a diferentes setores na indústria com soluções sustentáveis e de alta performance. A parceria com a Orquídea nos orgulha, não só pelos resultados, mas pelo impacto ambiental positivo que gera.

A Orquídea Alimentos é uma das parceiras Naturecycle, iniciativa criada pela Plastiweber que entrega ao mercado embalagens certificadas feitas com até 100% de plástico reciclado pós consumo, desenvolvidas a partir de materiais entregues por cooperativas, escolas, instituições, empresas e pela população local. O Naturecycle já evitou o descarte de mais de 2.600 toneladas de plástico no meio ambiente e soma mais de 119 milhões de embalagens recuperadas, abrangendo cerca de 20% do Rio Grande do Sul. Os recursos obtidos com os resíduos coletados por meio das iniciativas do programa são revertidos para projetos socioambientais dentro das próprias escolas, cooperativas e instituições participantes.

A supervisora de suprimentos da Orquídea, Daiane Marcante, ressalta que iniciativas ESG estão dentro do propósito da empresa, chamado Alimentar Além do Alimento.

– A Orquídea orgulha-se de ter dentre seus fornecedores, empresas preocupadas com o futuro, alinhadas com seu propósito, e que fornecem produtos que cumprem seu papel de um forma muito mais sustentável, reduzindo consumo de petróleo e emissão de gases, ajudando na conservação dos recursos naturais, melhorando a qualidade de vida das pessoas com o aumento de empregos indiretos em cooperativas”, afirma Daiane.

Presente no evento para receber o prêmio, o Head de Novos Negócios da Plastiweber, Lucas Pellenz, destacou a importância da longevidade da parceria entre as empresas:

Em dez anos juntas, a Plastiweber e a Orquídea puderam fazer a diferença para o planeta. Agora, com a ampliação desse trabalho conjunto, buscamos fazer muito mais. Estamos unidos pelo reaproveitamento do plástico e na missão de entregar um produto de alta qualidade ao mercado.

A cerimônia Grandes Cases de Embalagem é uma das mais importantes premiações do setor no Brasil e reconhece empresas que alcançaram a excelência e resultados positivos com embalagens desenvolvidas com diversos materiais. Elas são avaliadas por critérios de inovação, tecnologia, experiência de consumo, estética, e impacto econômico, mercadológico e ambiental.

Sobre a Plastiweber:

Com 25 anos de experiência na produção de plásticos flexíveis, filmes e polímeros reciclados, a Plastiweber é reconhecida por oferecer uma linha de embalagens secundárias com conteúdo até 100% PCR para aplicações de alto desempenho. Entre janeiro e setembro de 2023, o trabalho da empresa possibilitou a redução de emissão de 10 milhões de quilos de CO2, além de diminuir o consumo de mais de 6 milhões de litros de petróleo e 16 milhões de quilowatts de energia elétrica. Foram gerados, ainda, 4.612 empregos diretos e indiretos em toda a cadeia.

Sobre a Orquídea Alimentos:

Fundada em agosto de 1953 pelos irmãos Tondo, na cidade de Pinto Bandeira, no Rio Grande do Sul, a empresa de alimentos Orquídea começou com um pequeno moinho de trigo. Hoje, ela está entre as maiores empresas da região Sul do Brasil, tendo uma das maiores capacidades de moagem de trigo: 36 mil toneladas por mês.

No final dos anos 1990, iniciou a construção da fábrica em Caxias do Sul, também na serra gaúcha, onde construiu uma moderna indústria equipada com máquinas automáticas para a produção de farinhas tradicionais e especiais, como as destinadas a massas de pastéis, pizzas e confeitaria, assim como misturas para pães e bolos. A fábrica foi ampliada em 2006, onde incluiu ao portfólio massas dos mais variados cortes; seis anos depois, em 2012, entrou no ramo de fabricação de biscoitos.

Marca consolidada entre o varejo e o consumidor final, a Orquídea também é fornecedora de grandes empresas nacionais e multinacionais.

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