Vindos de perto e também de longe, vários homens, acompanhados de suas famílias, tiveram um grande reencontro nas dependências do Seminário São João Maria Vianney, em Bom Princípio. A data escolhida para tal, 15 de novembro, um dos muitos feriados nacionais, contudo, este ficará para a história da trupe.
Diferente dos tempos em que estudavam no colégio, nos anos de 1990, 91, 92 e 93, os rapazes de então apresentam, hoje, cabelos mais prateados, ou se queixam da falta deles. Alguns estão bem maiores do que na época de colégio, outros, menores. Efeitos do tempo sobre aqueles que sonharam ser padres. Claro, entre eles, alguns padres. Colegas de então, hoje sacerdotes, como Padre Ângelo Bohn, e também orientadores de então no Seminário São João Vianney, como o padre Bonifácio Zimmer.
O que também se difere dos tempos de seminário, quando a comida nunca era bastante tamanha a fome dos adolescentes, no encontro de terça houve alimentos até demais. Também não teve limonada, mas cervejada. O que também mudou foi o futebol. Se na época tinham um excelente time, agora, bem, deixemos isso para lá…
O certo é que o reencontro serviu de reaproximação para muitos, que há tempos não se viam, e reafirmou a amizade que nasceu ainda no século passado. O que iniciou com um café comunitário, seguiu com uma celebração. Poderia ser mais uma de tantas missas, mas, não, foi algo totalmente diferente e especial, afinal, mexeu com o interior daqueles que lá estavam neste turbilhão do túnel do tempo.
“Cada momento que vivemos neste encontro nos projetou a um tempo em que tudo era bem mais simples. Um tempo onde tínhamos muito pouco, mas não precisávamos mais. Um tempo, assim como hoje, em que buscávamos ser felizes. Hoje somos os mesmos, mas, alguns mais velhos”, destacou Pedro Gilson Jahn, que é servidor público, empresário e vereador.
Assim como Jahn, a maioria ampla dos seminaristas de então são profissionais bem sucedidos, quer como professores, empresários, representantes comerciais e, claro, padres.
Ainda que não se trate de um casamento, mas a frase dita nestas celebrações vem de encontro aos que viveram sob um mesmo teto: o que Deus uniu, o homem não separa.
Texto: Alex Steffen
Fotos: Pedro Stein (www.pedrostein.com.br)