Ação de despejo ameaça escola

Mas onde é que já se viu, uma escola estadual sofrer ação de despejo por falta de pagamento de aluguel? Pois é, esta é a dura realidade da Escola Estadual de Ensino Médio Monsenhor José Becker de Bom Princípio. Tudo, porque, desde 2014, o Governo do Estado não paga o aluguel do prédio à Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC).
O assunto que era desconhecido da maior parte da comunidade foi trazida à tona pela diretora da escola, Laura Rodrigues, que usou da tribuna da Câmara de Vereadores, na semana que passou. A diretora apresentou a notificação de ação de despejo, tendo o educandário, meio ano, para deixar o prédio. A situação é muito preocupante a tal ponto que uma comitiva de Bom Princípio foi até a Secretaria de Educação do Estado buscando por uma solução. “É incabível que o Estado não venha cumprindo com a sua obrigação e, agora, deixe em risco a formação de nossos jovens”, destacou o presidente Dárcio Antônio Schneider, lembrando que é obrigação da esfera estadual prover pelo ensino médio. O educandário, hoje, conta com 350 alunos, sendo, o ensino médio uma conquista principiense ainda no final da década de 1980. Hoje, passados mais de 30 anos, é impensável ter a comunidade órfão desse serviço. Os vereadores, de modo geral, se mobilizaram para que todas as forças se unam em prol do educandário, onde, por sinal, boa parte deles estudou em sua juventude.
Na sessão também foram apreciados projetos de várias linhas, sendo todos aprovados. O projeto votado inicialmente tratou do Calendário Municipal de Eventos. O segundo, instituiu o Conselho Municipal de Saúde. O seguinte confirmou a necessidade de contratação emergencial de pessoa na área de educação infantil e um servente para 40 horas semanais. Também aprovada a recepção de hóspedes oficiais do município, com a emenda feita de delimitação de valores para tal despesa.