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Alto Feliz

Parceria entre pesquisadora e historiador gera ecos literários

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No dia 1º de dezembro, sexta-feira, na Sociedade de Alto Feliz, foi lançado o livro Alto Feliz e os ecos de sua história. O livro é resultado de anos de pesquisa e um antigo sonho da escritora, professora Dulce Maria Simon Ruschel, que tinha o desejo de ver a história de sua terra natal registrada. A obra conta com coautoria do repórter, do Jornal Primeira Hora, e historiador José Carlos Flach.
“Dona Dulce, como é conhecida, passou anos e anos pesquisando e escrevendo para retratar a saga dos imigrantes e seus descendentes, que ainda ecoam entre as montanhas e fizeram a história do município, que é uma integração ítalo-germânica e fica na divisa do Vale do Caí com a Serra Gaúcha. Um livro para adquirir, ler e guardar”, descreve o jornalista Ademir Wiederkehr, dando o devido valor, também, ao repórter José Carlos Flach, afinal, por seu empenho deu ainda mais brilho à obra de Dona Dulce.
O lançamento do livro teve a presença da comunidade, familiares dos escritores e também de autoridades locais, de modo que a história fosse mais valorizada. Dulce iniciou as pesquisas sobre Alto Feliz antes mesmo deste torrão de terra ser emancipado. Pelos idos de 1999, Dulce, lançou a monografia de Alto Feliz, tendo, então, apoio da administração municipal para a digitação da mesma, sendo uma das primeiras feitas no vale do Caí. Mas, ainda assim, não era o livro que ela sonhava. E o sonho de Dulce passou a ecoar, também, no coração de José Carlos Flach, repórter e historiador radicado em Alto Feliz, por opção e paixão, há alguns anos. E o desejo dos dois foi para as páginas impressas que, agora, deixam a história imortalizada.
O relato feito por Dulce e José Carlos remete a um tempo em que Alto Feliz, ainda colônia, via seus personagens no lombo dos cavalos, percorrendo quilômetros até chegarem às igrejas. Um tempo em que católicos e luteranos viviam afastados, com duas entidades sociais, para suas festas, numa clara divisão a partir dos credos. A história de Alto Feliz está ligada, fortemente, com os jesuítas que no Morro das Batatas se instalaram e dali partiram para outras comunidades, pregando a fé e os conceitos bíblicos.
A história escrita por Dulce, com a participação de José Carlos, é apresentada de maneira silenciosa nas páginas, sem alardes, mas haverá de fazer eco por muito tempo – não somente em ouvidos – aos olhos dos que sabem que um povo, sem história, está fadado ao desaparecimento. Flach e Dona Dulce fizeram sua parte, agora, cabe aos leitores exercitarem os cérebros e sorver da cultura impressa a partir do conhecimento de várias gerações.

(fotos Vale Feliz FM)Dona Dulce livro dulce Livro

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Alto Feliz

Safra de uvas ganha Melodia

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O que arrebata os sentimentos, geralmente, é simples. Uma música suave, doce, harmônica, melódica, que fala por si só, é exemplo disso. Não é preciso ler a partitura para compreender; é necessário sentir. E com a leveza quase musical as tradicionais parreiras das famílias Freiberger e Andrioli, revelam uma nova variedade: Melodia!


Sim, há melodia em pequenos cachos, multicores, de único sabor, harmônico e inesquecível. E, ao adentrar o parreiral, referência em produção de uvas de mesa e com o aval da Embrapa, por vezes algo diferente é possível perceber. As uvas, em alguns momentos, são tratadas com doses especiais de cuidado, ao som da flauta. A jovem musicista Betina por vezes encontra a sua arte em meio às plantas e elas, claro, retribuem com um aroma sem igual, dando assim o seu “muito obrigado”. Se a música nem sempre é audível, a melodia está presente, a espera dos visitantes para a degustação e encantamento.


Tal a música que é fruto de dedicação e delicadeza, o cultivo das uvas também se apresenta como parte da vocação desta grande família, que de mãos dadas, traz a cada ano algo novo, impressionante e memorável.
A safra das uvas de mesa, no Canto Canela, inicia oficialmente em 16 de fevereiro de 2024, mas o encanto das vinhas supera tempo e espaço. As imagens da colheita feitas pelos visitantes há anos inundam as redes sociais, maravilham a todos, mas tenha você leitor uma só certeza: o visual é apenas uma das muitas sensações que se tem por lá.


Eis que a propriedade se abre aos visitantes e a aquisição das uvas, das mais diferentes variedades, com cachos de dois, três quilos ou até mais. O local está preparado para a receber a todos, que junto com a família fazem a colheita, debaixo da parreira. Além das uvas, com seus ares de perfeição, o local oferece estrutura de alimentação, cerveja artesanal da Uffenberg, geleias e um mix de sabores do interior gaúcho. Fica a propriedade na estrada do Arroio Jaguar, em Alto Feliz, num recanto privilegiado pela natureza e cuidado meticulosamente por mãos humanas. Mãos que fazem arte, mãos que plantam, mãos que colhem, mãos que produzem encanto em sabores, sensações e até notas musicais. 

Serviço:
Colheita de Uvas de Mesa (sem igual)
Variedades: Isis, Núbia, Vitória, Melodia, Benitaka, Rubis, Rainha Itália e Bananinha Itália.
Onde: Frutícola e Viveiro de Mudas Freiberger e Andrioli
Endereço: Estrada do Arroio Jaguar, Canto Canela, Alto Feliz
Fone de contato: 51 99984.4232
A partir de 16 de fevereiro de 2024

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Alto Feliz

A empatia de um adeus

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A perda de alguém que se ama inevitavelmente deixa um vazio nos corações.

E quando essa partida é sem aviso prévio, como foi de Lorenzo Dessotti, Pietro Dessotti e Daniele Schwab, surge uma lacuna sem fim. Torrentes de lágrimas sem palavras de consolo.

E assim, em 8 de julho quando os jovens de 21 e 22 anos vieram a falecer em acidente de trânsito, todas as palavras eram vazias. Milhares de pessoas foram até o Centro de Eventos de Bom Princípio para se despedir e tentar, de alguma maneira, consolar pais e familiares. De lá saíram confortados pelos pais que, com força inexplicável, deixavam sair de seus lábios palavras de fé e esperança.

O adeus dado pelos colegas músicos, em forma de música das orquestras WBK (de Bom Princípio), de Sopros (São Sebastião do Caí), e as municipais de Alto Feliz e São Vendelino, juntamente com corais, ficará na retina de quem esteve no local. Algo triste. Muito triste. Mas que não será esquecido pelo sentido de homenagem aos jovens que partiram.

As flores foram repousar diante da Haus der Musik (a casa da música) onde os jovens sempre ensaiavam e davam aulas.

As homenagens seguiram de formas variadas, inclusive com “um minuto de silêncio” em jogo no Beira Rio, com a presença dos familiares dos artistas que faleceram.

Foram muitas as homenagens, mas as palavras do pai dos “meninos” talvez sejam a melhor síntese para a vida que segue.

Leia a carta aberta de Davi Dessotti


“Queridos amigos e irmãos que a vida nos deu…
Estou sentado escrevendo no meu notebook exatamente sete dias após a tragédia que se abateu sobre nossa família no último sábado, dia oito de julho.
Nina e eu já estávamos em São Vendelino desde cedo, cercados de amigos trabalhando nos últimos detalhes preparatórios para a grande noite que se aproximava: o Jantar de Lançamento da 18ª Kerbfest. Meus meninos e minha nora estavam vindo ao nosso encontro no Salão “O Imigrante”. Tenho certeza absoluta que seus corações estavam repletos de alegria pelo dia maravilhoso que Deus nos havia mandado: a chuva havia cessado e o sol já mostrava seus primeiros raios no meio da manhã.
O resto vocês já sabem… Deus recolheu para junto dEle nossos três amores. Primeiro o Lorenzo, logo em seguida o Pietro e, finalmente a Dani. Uma grande comoção logo se espalhou por toda a região e começamos a receber abraços e mensagens carregadas de compaixão e amor. Mesmo ainda tontos com tudo o que estava acontecendo, tivemos a serenidade de escolher os caixões e ir ao IML para reconhecer e retirar os corpos para serem velados. Situações que já havíamos testemunhado com amigos e parentes distantes, mas nunca tão próximos de nós. Nina e eu entendemos nossa promessa de casamento: na alegria e na dor. E que dor.
Jesus disse: Não fiquem aflitos. Creiam em Deus e creiam também em mim. Na casa do meu Pai há muitos quartos, e eu vou preparar um lugar para vocês. Se não fosse assim, eu já lhes teria dito. E, depois que eu for e preparar um lugar para vocês, voltarei e os levarei comigo para que onde eu estiver vocês estejam também. E vocês conhecem o caminho para o lugar aonde eu vou.
Nós aprendemos a crer nesta palavra desde a tenra idade na Escola Bíblica Dominical. Eu, Nina, Sophia, Pietro e Lorenzo fomos criados na Igreja louvando a Deus por tudo. Pelas alegrias e pelas agruras. Sempre orávamos em família. Muitos de vocês são testemunhas disso. Ainda oramos juntos na sexta-feira à noite quando voltamos de São Vendelino e fomos recebidos (Nina, Nadine e eu) com sorrisos e uma janta gostosa feita pelo Lorenzo. Eu havia liberado os três de irem ao ensaio em São Vendelino, pois chovia muito e eu sempre me preocupei muito com aquaplanagens naqueles trechos.
No domingo tivemos um dia muito especial e que jamais será esquecido por todos que conviveram com Pietro, Lorenzo e Daniele. Teve abraço, teve beijo, choro, teve risada, teve música, teve palavra de Deus, mas teve acima de tudo, muito amor transbordando no coração de todos que estiveram no Centro de Cultura e Eventos de Bom Princípio. O palco onde eles brilharam tantas vezes com a WBK foi o local escolhido para as últimas homenagens. Não poderia haver lugar melhor.
Se me permitir, quero aconselhar você, que conhecia e amava o Pietro Dessotti, o Lorenzo Dessotti e a Daniele Schwab que continue sua vida com muita paixão em tudo o que fizer. Igualzinho a eles. Paixão pelo trabalho, paixão pelos estudos, paixão pelas pessoas e por alguma atividade que você goste muito de fazer: música, pintura, cinema, teatro, dança, esporte, viagens… E invista seu tempo e dinheiro nisso. Não deixe de aproveitar com toda a intensidade aquilo que faz você feliz. Deus nos ensina várias lições com tudo isso que aconteceu: que devemos amar mais e sempre. Viver com plenitude tudo o que a vida nos oferece a cada manhã. Não sabemos a nossa hora, mas Ele sabe. Deus é bom o tempo todo. Deus abençoe a todos.”

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Alto Feliz

Sedutoras e empoderadas: uvas de mesa ganham ares de perfeição

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Um espaço amplo, cuidado nos mínimos detalhes, ao longe não revela a sua maior riqueza, afinal, a cobertura das estufas protege beleza, sabor e encantamento do sol intenso, da chuva e tudo o que possa ser nocivo às Ísis, Núbias e Vitórias.
Pode parecer que aqui estamos mencionando empoderadas mulheres (e por que não?), mas estamos falando das magníficas uvas produzidas pelas famílias Freiberger e Andrioli, no Canto Canela, interior de Alto Feliz. Além das três variedades com nome de mulher, há ainda Rubis, Benitakas, Rainha Itália e Bananinhas, harmonicamente convivendo em um mesmo local.
O trabalho da Frutícola e Viveiro de Mudas Freiberger e Andrioli algo que faz, ao natural, brilhar os olhos de quem se depara com tamanha beleza. O parreiral é preparado com todo cuidado, com o aval da Embrapa, que é diferenciado de tudo mais que se vê neste meio.
Cachos de uva de dois, três, até quatro quilos, impressionam não apenas pelo tamanho, mas perfeita harmonia entre eles. Nuances de cores, sabores e aromas são tônicas do local cuidado pela família. O toque suave de mãos femininas, é claro, faz parte do sucesso, de tal maneira que os empreendedores rurais compreenderam que é importante cuidar tudo em minúcias, e ninguém faz isso melhor que Diana Andrioli, Terezinha Freiberger, Betina Andrioli, Amanda Silva e Michele Britzke. Nos perdoem Mário Andrioli, Jair Freiberger, Joel Andrioli, Miguel Andrioli, Jailson Freiberger, Henrique Freiberger mas, a delicadeza é toda delas.
O olhar atento a cada detalhe fez com que a vindima – que é a abertura da safra da uva – fosse protelada algumas semanas mais para que as frutas estivessem, enfim, magníficas e perfeitas para o deleite dos visitantes. Assim, neste dia 17 de fevereiro, inicia a comercialização das uvas de mesa, sendo elas instagramáveis, até porque, redes sociais todos os anos, são também vitrine para os produtos da Frutícola e Viveiro de Mudas Freiberger e Andrioli.
No ano de 2022, na Festa da Uva, as frutas saídas das alemãs terras de Alto Feliz foram destaques entre as premiadas, assim também tomaram as mídias da RBS TV, Gaúcha ZH, e importantes veículos de comunicação do Rio Grande do Sul. Quem não viu a produção de perto, por certo, não sabe o que está perdendo.
Quem quiser maiores informações pode entrar em contato pelo fone (51) 99779.5841 e (51) 99678.8225. Quanto ao preço das uvas, há valores diferentes de acordo com as variedades. Para chegar ao local é possível ir por Alto Feliz, vindo da sede em direção ao Arroio Jaguar, ou por São Vendelino, passando pelo Morro Canastra.
O local está preparado para a receber a todos, que junto com a família fazem a colheita, debaixo da parreira. Além das uvas, com seus ares de perfeição em cada cacho, o local oferece ainda estrutura de alimentação, cerveja artesanal da Uffenberg, geleias e um mix de sabores do interior gaúcho.
E aí, ficou tentado em conhecer o local? Então, tá esperando o que? Afinal, verão no vale do Caí também tem o que fazer. As belas, encantadoras, aromáticas e saborosas uvas te esperam em Alto Feliz.

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